quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Como podemos diminuir a poluição marítima no Rio de Janeiro?

Apesar do Rio ter e estar envolvido em projetos para conscientização e controle da poluição marinha isso não se compara ao que é feito mundo afora. Nossa cidade pode começar integrando alguns sistemas e tecnologias mais baratos e, com o tempo, investir para ter controle total da poluição marítima que é um mal que assola não só a nossa cidade.

Um bom começo seria implantar um sistema semelhante ao Oil Observer da Península Ibérica (Portugual, Espanha, Andorra e França) que permite que pessoas possam, através do Google Earth, avisar sobre vazamentos de petróleo ou outro tipo de poluição causada por navios nas encostas do país em tempo real. Com essa informação pode-se estimar para onde essa mancha vai se espalhar e como contê-la rapidamente. Sendo um mecanismo baseado no uso de um software (sem equipamentos, só programas) não há grandes gastos nem com a instalação e muito menos com a manutenção.
Com essa tecnologia informação sobre vazamentos são transmitidas rapidamente. (Fonte)

Então podemos incentivar o trabalho feito pela ONG Global Garbage que, desde 2003, vêm coletando o lixo nas praias e nas águas. Se incentivarmos essa coleta em nossas praias e conscientizarmos de forma eficaz os banhistas poderemos controlar os resíduos jogados em nossas águas e nos esforçar para limpar nossas praias poderemos ter água de qualidade sem grandes gastos.Além de precisarmos conscientizar nossos cidadãos precisamos espalhar essa idéia para outros países já que, em uma coleta feita pela Global Garbage, foram encontradas embalagens de quase 50 países.
Há uma grande quantidade de lixo para ser recolhida. (Fonte)

Saindo um pouco da parte de conscientização passamos para o esgoto. Já que grande parte do esgoto aqui produzido não é tratado e vai direto para as águas devemos arranjar uma forma de tratar ele para que a água possa ser reutilizada ao invés de causar poluição. É aí que entram os MBRs (Membrane Bio Reactor), "biorreatores de membrana" em português, feito pela Koch Membrane Systems. Segundo o Engenheiro Eduardo Pacheco, gerente comercial da GE Water, seu funcionamento "...não se trata de uma ultrafiltração direta e sim de um sistema biológico completo em que as membranas de ultrafiltração fazem parte integrante do processo de digestão de matéria orgânica”, tornando a filtração mais eficiente e limpa. Apesar de não ter se disseminado muito pelo Brasil a Petrobrás têm o maior MBR do país. Para mais informações sobre o funcionamento do MBR basta clicar aqui.
Um esquema mostrando o MBR. (Fonte)

Outros equipamentos interessantes para se disseminar pelo país são Equipamento de OR (osmose reversa), que também é usado para filtra água e o Equipamento de Eletrodeionização (EDI) que pega a água usada em processos industriais e a refina em água de alta pureza que pode ser usada na indústria farmacêutica, alimentícia, etc. Ambos produzidos pela GE Water, divisão da gigante General Electric voltada para tratamento de água.
O Equipamento de Osmose Reversa da Renics, uma alternativa à GE Water. (Fonte)


Com esses projetos e tecnologias podemos levar o  Rio de Janeiro à novos patamares na questão de tratamento da água usando a questão da conscientização e a expansão do uso de equipamentos de tratamento que já são usados no país e diminuir a poluição que causamos em nossas próprias águas.

-Matheus B. Pinheiro

-Referências:

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