Apesar do Rio ter e estar envolvido em projetos para
conscientização e controle da poluição marinha isso não se compara ao que é feito mundo
afora. Nossa cidade pode começar integrando alguns sistemas e tecnologias mais
baratos e, com o tempo, investir para ter controle total da poluição marítima
que é um mal que assola não só a nossa cidade.
Um bom começo seria implantar um sistema semelhante ao Oil Observer da Península Ibérica (Portugual, Espanha, Andorra e França) que
permite que pessoas possam, através do Google Earth, avisar sobre vazamentos de
petróleo ou outro tipo de poluição causada por navios nas encostas do país em
tempo real. Com essa informação pode-se estimar para onde essa mancha vai se espalhar
e como contê-la rapidamente. Sendo um mecanismo baseado no uso de um software
(sem equipamentos, só programas) não há grandes gastos nem com a instalação e
muito menos com a manutenção.
Com essa tecnologia informação sobre vazamentos são transmitidas rapidamente. (Fonte) |
Então podemos incentivar o trabalho feito pela ONG Global Garbage que, desde 2003, vêm coletando o lixo nas praias e nas águas. Se
incentivarmos essa coleta em nossas praias e conscientizarmos de forma eficaz
os banhistas poderemos controlar os resíduos jogados em nossas águas e nos
esforçar para limpar nossas praias poderemos ter água de qualidade sem grandes
gastos.Além de precisarmos conscientizar nossos cidadãos precisamos espalhar
essa idéia para outros países já que, em uma coleta feita pela Global Garbage, foram
encontradas embalagens de quase 50 países.
Há uma grande quantidade de lixo para ser recolhida. (Fonte) |
Saindo um pouco da parte de conscientização passamos para o
esgoto. Já que grande parte do esgoto aqui produzido não é tratado e vai direto
para as águas devemos arranjar uma forma de tratar ele para que a água possa
ser reutilizada ao invés de causar poluição. É aí que entram os MBRs (Membrane
Bio Reactor), "biorreatores de membrana" em português, feito pela
Koch Membrane Systems. Segundo o Engenheiro Eduardo Pacheco, gerente comercial
da GE Water, seu funcionamento "...não se trata de uma ultrafiltração
direta e sim de um sistema biológico completo em que as membranas de
ultrafiltração fazem parte integrante do processo de digestão de matéria
orgânica”, tornando a filtração mais eficiente e limpa. Apesar de não
ter se disseminado muito pelo Brasil a Petrobrás têm o maior MBR do país. Para
mais informações sobre o funcionamento do MBR basta clicar aqui.
Um esquema mostrando o MBR. (Fonte) |
Outros equipamentos interessantes para se disseminar pelo
país são Equipamento de OR (osmose reversa), que também é usado para filtra
água e o Equipamento de Eletrodeionização (EDI) que pega a água usada em
processos industriais e a refina em água de alta pureza que pode ser usada na
indústria farmacêutica, alimentícia, etc. Ambos produzidos pela GE Water,
divisão da gigante General Electric voltada para tratamento de água.
O Equipamento de Osmose Reversa da Renics, uma alternativa à GE Water. (Fonte) |
Com esses projetos e tecnologias podemos levar o Rio de Janeiro à novos patamares na questão
de tratamento da água usando a questão da conscientização e a expansão do uso
de equipamentos de tratamento que já são usados no país e diminuir a poluição
que causamos em nossas próprias águas.
-Matheus B. Pinheiro
-Referências:
-Referências:
http://www.gewater.com/pt/index.jsp
http://www.renics.com.br/index.asp
http://www.blogdacomunicacao.com.br/poluicao-maritima-um-cenario-crescente-e-sem-solucoes-viaveis-para-recuperacao/
http://www.globalgarbage.org/blog/
http://www.jn.pt/paginainicial/interior.aspx?content_id=678512
http://www.kochmembrane.com/
http://www.meiofiltrante.com.br/materias_ver.asp?action=detalhe&id=444&revista=n36
http://www.renics.com.br/index.asp
http://www.blogdacomunicacao.com.br/poluicao-maritima-um-cenario-crescente-e-sem-solucoes-viaveis-para-recuperacao/
http://www.globalgarbage.org/blog/
http://www.jn.pt/paginainicial/interior.aspx?content_id=678512
http://www.kochmembrane.com/
http://www.meiofiltrante.com.br/materias_ver.asp?action=detalhe&id=444&revista=n36
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