quarta-feira, 5 de junho de 2013

400 ppm , um marco emblemático.



     Relembrando um fato histórico e realmente preocupante ocorrido no mês passado para aproveitar o dia de hoje ( Dia Mundial do Meio Ambiente ) . ‘O dia 09 de Maio de 2013 estabeleceu um marco histórico, ao termos, pela primeira vez, uma média diária de concentração de CO2 acima de 400 ppm. As perguntas agora serão sobre quando teremos a primeira semana, o primeiro mês e o primeiro ano da história com concentração média acima de 400 ppm.’ No dia 9 de Maio de 2013: os equipamentos do observatório de MaunaLoa registraram, pela primeira vez desde que as medidas se iniciaram, uma média diária de concentração de dióxido de carbono (CO2) acima de 400partes por milhão (ppm). O valor foi excedido em apenas 3 centésimos de ppm (a média diária registrada foi 400,03), o que evidentemente, do ponto de vista físico, não faz nenhuma diferença, por exemplo, em relação a 399,99. Mas o que esse marco significa ? Atingir esse marco emblemático significa que o mundo encontra-se em uma ‘ zona de perigo’,visto que o dióxido de carbono (CO2), principal gás de efeito estufa (GEE), contribui para às mudanças climáticas bruscas e o aquecimento global. Segundo os cientistas, não há dúvida de que o aumento é causado por emissões resultantes de atividades humanas – principalmente da queima de combustíveis fósseis, como petróleo, gás e carvão mineral, que emitem grandes quantidades de CO2.A meta da ONU é impedir que a concentração passe de 450 ppm, que é considerado o limite de segurança para evitar mudanças climáticas mais catastróficas. No ritmo atual, esse patamar deverá ser alcançado nos próximos 25 anos, segundo o pesquisador Ralph Keeling, do Instituto Scripps de Oceanografia, em entrevista ao NYT. Plantas e animais Um estudo publicado no domingo (12), na revista Nature Climate Change, revela que mais da metade das espécies vegetais e um terço das animais mais comuns terão seu espaço vital reduzido à metade até 2080 se o aquecimento global continuar aumentando. O aumento das emissões de gás de efeito estufa coloca o planeta em uma trajetória de aquecimento de cerca de 4°C até o final do século, em relação aos níveis pré-industriais. Os pesquisadores da universidade britânica de East Anglia estudaram o impacto de um aumento de temperatura nas "zonas climáticas" de 48.786 espécies, ou seja, nos locais em que as condições climáticas são propícias a sua existência. Cerca de 55% das plantas e 35% dos animais poderiam ver esse espaço reduzido à metade até 2080.
 *Legenda da imagem : Rompimento da barreira dos 400 ppm de CO2 coloca o mundo em uma "zona perigosa", segundo a ONU Foto: Stug.stug

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